Implantação de desktop

Implantação simples e escalonável com o BDD 2007

Adam Shepherd

 

Visão geral:

  • Recursos fundamentais do BDD 2007
  • Integração com o SQL Server
  • Criando uma solução de implantação escalonável

A maioria das pessoas envolvidas na implantação do Windows já ouviu falar do Microsoft Solution Accelerator para Business Desktop Deployment. Também conhecido como BDD, é um conjunto de orientações e ferramentas de práticas recomendadas

desenvolvido para ajudá-lo a implantar o Windows® em desktops clientes. O Windows Vista® inclui uma atualização do Solution Accelerator na forma do BDD 2007. Essa versão contém um novo MMC (Console de Gerenciamento Microsoft®) e um seqüenciador de tarefas do System Center Configuration Manager 2007, sucessor do SMS (Systems Management Server) 2003.

Um dos recursos menos compreendidos do BDD 2007 é a sua capacidade de funcionar como uma solução completa de implantação. Nas versões anteriores, o BDD podia ajudá-lo a criar e manter imagens de desktop de uma forma gerenciável e reprodutível. Agora, o BDD 2007 oferece a você o recurso adicional da criação de uma solução de implantação escalonável combinando-se com o WDS (Serviços de Implantação do Windows), SQL ServerTM e a Replicação DFS do Windows Server® 2003.

Mas espere aí... A prática recomendada não é usar o SMS com o Operating System Deployment (OSD) Feature Pack na implantação de clientes Windows?

Sim, se você já tiver uma infra-estrutura SMS 2003, deverá utilizar o BDD 2007, o SMS 2003 e o OSD Feature Pack na implantação. Atualmente, essa é a forma mais abrangente de obter a implantação sem intervenção e ela pode realmente diminuir os custos de configuração, instalação e gerenciamento do Windows em sua organização.

No entanto, muitos clientes não possuem o SMS 2003 ou qualquer solução de implantação de software equivalente. Para eles, existe outra opção, que será o assunto deste artigo.

Conceitos fundamentais do BDD 2007

O BDD 2007 oferece dois métodos de implantação principais. O primeiro método, Lite Touch Installation, usa somente o BDD 2007 na implantação do cliente. De imediato, ele apresenta um conjunto de assistentes em tempo de compilação para capturar informações sobre a implantação, como o nome do computador que deve ser atribuído ao cliente (consulte a Figura 1), que layout de teclado e fuso horário devem ser usados e assim por diante. Esse método é conhecido como "Lite Touch" porque normalmente existe uma quantidade mínima de entrada manual necessária à coleta dessas informações antes do início do processo de compilação.

Figura 1 Assistente Lite Touch Deployment do BDD 2007

Figura 1** Assistente Lite Touch Deployment do BDD 2007 **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

O segundo método, Zero Touch Installation, baseia-se nos recursos do SMS 2003 com o OSD Feature Pack, integrando-se ao BDD 2007. Essa configuração pode oferecer uma solução de implantação automática, escalonável e gerenciável.

Em tempo de compilação, em uma das primeiras etapas de uma implantação de sistema operacional cliente, o BDD 2007 obtém informações de uma variedade de fontes diferentes. Essas fontes incluem chamadas WMI e os arquivos de configuração do BDD 2007 — Bootstrap.ini e CustomSettings.ini. As informações são coletadas e armazenadas como variáveis usadas na implantação. Para um cenário Lite Touch, os arquivos Bootstrap.ini e CustomSettings.ini oferecem a capacidade de predefinir todas as informações que, caso contrário, seriam coletadas por entrada manual nos assistentes de implantação.

A capacidade de especificar com antecedência todas as informações que os assistentes Lite Touch precisariam capturar em tempo de compilação permite a você automatizar todo o processo Lite Touch e partir para uma solução Zero Touch nos ambientes não suportados pelo SMS 2003. Exemplos de informações que você poderá optar por predefinir incluem ComputerName=RDG0001VST para atribuir o nome RDG0001VDT ao computador ou TimeZoneName=GMT Standard Time para garantir que o fuso horário do computador seja definido como Hora Padrão de Greenwich. Todas as propriedades disponíveis que podem ser usadas durante uma implantação feita com o BDD foram bem documentadas em uma referência de configuração disponível em technet.microsoft.com/library/bb490302.aspx.

Para obter mais informações sobre como configurar e usar o BDD 2007, consulte o artigo "Implantação do Windows Vista com BDD 2007" da edição de setembro de 2007 da TechNet Magazine (technetmagazine.com/issues/2007/09/BDD).

BDD e SQL Server

Por que usar um banco de dados com o BDD 2007? A resposta está na forma como você fornece detalhes de forma dinâmica durante uma implantação que, caso contrário, teria de fazer entradas manuais por meio dos assistentes da Lite Touch Installation. Como observei, isso pode ser obtido com o arquivo CustomSettings.ini. O problema é que, em uma implantação do mundo real, esses detalhes mudarão, dependendo da máquina em que ela será feita. Além disso, o arquivo CustomSettings.ini pode rapidamente se tornar impossível de gerenciar caso você esteja tentando criar opções específicas e definições para 500 máquinas diferentes. Ao associar um banco de dados de back-end ao console do BDD, você adiciona uma solução muito mais gerenciável e que é dinâmica e extensível.

Vamos falar um pouco mais sobre como o SQL Server se integra ao BDD 2007. Primeiro, você precisa verificar se o SQL Server (preferivelmente o SQL Server 2005 ou posterior) está instalado no seu servidor de implantação. Felizmente, as etapas para a criação do banco de dados no BDD 2007 são fáceis: basta clicar com o botão direito do mouse no nó Database (Banco de dados) do Deployment Workbench do BDD 2007, clicar em New (Novo) e seguir as instruções (consulte a Figura 2). A equipe do BDD fez um ótimo trabalho ao oferecer assistentes que permitem a você começar a trabalhar de forma fácil e rápida.

Figura 2 Configuração do banco de dados de implantação para o BDD 2007

Figura 2** Configuração do banco de dados de implantação para o BDD 2007 **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Após a criação do banco de dados, você pode começar a explorar os seus recursos. As entradas do banco de dados são divididas em quatro categorias principais: Computer (Computador), Role (Função), Location (Local) e Make and Model (Marca e Modelo). Cada categoria permite que você defina entradas e as preencha com variáveis do BDD 2007, atribua aplicativos e forneça outras definições fundamentais (consulte a Figura 3).

Figura 3 Atribuindo propriedades de implantação

Figura 3** Atribuindo propriedades de implantação **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

É útil observar essas quatro categorias em dois grupos distintos. As categorias Computer, Location e Make and Model oferecem a você métodos diferentes de identificação de um computador em tempo de compilação. Cada computador identificado pode ser associado a uma função específica no banco de dados e, portanto, ser provisionado para um propósito específico, como vendas, marketing ou finanças, sendo que cada função garante que a linha relevante de aplicativos de negócios será instalada.

Utilize a seção Computer para identificar máquinas usando um endereço MAC, a marca do recurso, o UUID (identificador exclusivo universal) ou o número de série. Por causa do grande número de entradas que provavelmente serão criadas nessa seção, uma para cada computador da sua organização, adicione somente as propriedades muito específicas, como ComputerName, a elas.

Utilize a seção Location para criar entradas para locais geográficos específicos de sua organização. Cada entrada é identificada pelo gateway padrão naquele local. Isso pode ser especialmente útil se você tiver OUs (unidades organizacionais) baseadas em local no Active Directory® e quiser que os computadores de um local sejam adicionados ao domínio da unidade organizacional correspondente a ele.

Utilize a seção Make and Model para criar entradas para cada um dos tipos de hardware para os quais a sua implantação terá de oferecer suporte. O BDD 2007 compara essas informações com as descobertas por meio de chamadas WMI. Uma utilização comum da seção Make and Model em ambientes de desenvolvimento é criar uma entrada que verifica se a máquina é um Virtual PC 2007 ou uma máquina virtual Virtual Server 2005 ao procurar por "Microsoft Corporation" e "Virtual Machine" (Máquina Virtual) nas propriedades Make e Model, respectivamente. Se, em tempo de compilação, você encontrar essas propriedades, poderá dizer ao BDD que ele precisa instalar o aplicativo Adições de Máquina Virtual em tempo de implantação simplesmente adicionando o aplicativo à entrada Make and Model.

Agora que você ofereceu métodos de identificação das máquinas, use a seção Roles para criar as entradas para cada função de implantação que deseja provisionar. Os exemplos podem incluir uma entrada para uma função do Windows XP e uma do Windows Vista configuradas pela adição da propriedade BuildID que corresponde à compilação do Windows XP ou do Windows Vista definida no BDD para cada entrada. Uma abordagem alternativa seria especificar funções departamentais como Contabilidade, Vendas ou Finanças. Normalmente eu preencho a maioria das propriedades do BDD nesta seção (fuso horário, configurações regionais, informações sobre a organização e assim por diante). Isso oferece a administração mínima do banco de dados pelo fato de que as entradas não estão ligadas a qualquer máquina, hardware ou local específico.

Precisamos dizer ao BDD 2007 que ele deve pesquisar o banco de dados em tempo de implantação para encontrar entradas que sejam iguais às que o computador está criando no momento. Para configurar o BDD para que ele utilize o banco de dados durante uma implantação, clique com o botão direito do mouse no ponto de implantação e clique em Configure DB (Configurar Banco de Dados). Isso o levará por uma série de assistentes para o preenchimento do arquivo CustomSettings.ini com as entradas que farão o processo Lite Touch Installation consultar informações do banco de dados.

Tornando a sua implantação escalonável

Agora você possui um servidor de implantação que pode automatizar o Lite Touch Installation e provisionar dinamicamente cada máquina para que elas tenham uma função de negócios específica. Mas como você pode dimensionar essa solução?

A arquitetura da solução se baseia em uma topologia hub e spoke, como ilustrado na Figura 4. O primeiro servidor de implantação configurado por você será o hub e o servidor de implantação pai. Cada um dos servidores de implantação filhos agirão como spokes.

Figura 4 Arquitetura de implantação hub e spoke

Figura 4** Arquitetura de implantação hub e spoke **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Para habilitar essa arquitetura, você precisa usar o DFS-R para replicar o Compartilhamento de Distribuição para cada um dos seus servidores de implantação. Em seguida, utilize a replicação de instantâneo do SQL Server para oferecer uma cópia do banco de dados de implantação do BDD para os servidores de implantação filhos. A grande vantagem dessa solução é que os servidores de implantação filhos possuem requisitos mínimos — você só precisa do SQL Server Express, do WDS e do DFS-R instalados nas máquinas para que a implantação seja possível.

Por causa das grandes quantidades de dados que podem ser armazenados no Compartilhamento de Distribuição do BDD 2007, estipulo a utilização do DFS-R no Windows Server 2003 R2 em vez de usar os File Replication Services de versões anteriores do Windows Server. O DFS-R utiliza a RDC (Compactação Diferencial Remota) para replicar somente as alterações diferenciais (delta) dos arquivos entre membros do grupo de replicação. Isso pode causar um grande impacto na quantidade de tráfego de replicação quando uma alteração pequena, como um novo driver, for feita em seu arquivo de imagem personalizado. Com o DFS-R, o tráfego de replicação só será igual ao tamanho das alterações feitas, em vez da redistribuição de todo o arquivo de imagem.

Existem muitas informações sobre o DFS no site da Microsoft — comece por microsoft.com/windowsserver2003/technologies/storage/dfs — mas falarei sobre a instalação básica e as etapas de configuração necessárias para oferecer uma visão geral do processo no contexto da implantação baseada no BDD.

Observe que, se os servidores estiverem executando o Active Directory com base em uma instalação do Windows Server 2003 anterior ao R2, talvez o esquema do Active Directory tenha de ser atualizado para permitir o DFS-R, na medida em que o serviço de replicação exige novas classes de objetos. Para obter detalhes completos sobre a extensão do esquema do Active Directory no Windows Server 2003 R2, consulte go.microsoft.com/fwlink/?LinkId=99936.

A primeira etapa é instalar os componentes do DFS em seu servidor de implantação Windows Server 2003 R2. Você pode fazer isso de várias formas, sendo que a mais simples é o assistente Adicionar ou Remover Componentes do Windows padrão. Depois disso, você terá de configurar um grupo de replicação usando o console Gerenciamento DFS mostrado na Figura 5.

Figura 5 Console Gerenciamento DFS

Figura 5** Console Gerenciamento DFS **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Para dimensionar a sua solução de implantação do BDD 2007, existem duas pastas específicas que precisam ser replicadas. A primeira delas é o compartilhamento de distribuição do BDD 2007, que armazena todos os arquivos de origem e de configuração do BDD. Esses arquivos precisam ser disponibilizados em cada servidor de implantação.

A segunda pasta a ser replicada é a pasta de inicialização utilizada pelo WDS para armazenar o arquivo LiteTouch_x86.wim. Ele é o ambiente de inicialização do BDD entregue ao WDS às suas máquinas desktop clientes para dar início ao processo de implantação. Você precisa replicar esse arquivo para que uma alteração feita no ambiente de inicialização em seu servidor de implantação pai seja replicada em todo o resto da infra-estrutura de implantação.

Os caminhos a serem replicados são X:\Distribution (onde X é a letra da unidade especificada na instalação do BDD 2007) e Y:\RemoteInstall\boot (onde Y é a letra da unidade do volume que contém o compartilhamento RemoteInstall do WDS).

A replicação no DFS-R é de vários mestres e, portanto, não é possível criar uma topologia de replicação de uma via. Por esse motivo, para permitir o gerenciamento centralizado do compartilhamento de distribuição, configure a pasta de distribuição em cada um dos seus servidores de implantação filhos como somente leitura. Isso permite que somente a replicação do DFS-R grave na pasta (já que ela possui direitos de backup e de restauração). As máquinas cliente criadas a partir desses servidores filhos nunca precisarão gravar nessa pasta e, portanto, não há a necessidade de conceder permissões maiores do que de leitura para essas contas.

A etapa de configuração final da replicação de dados usando o DFS-R é definir a diretiva de atualização do armazenamento BCD (Dados de Configuração da Inicialização) no WDS. Isso garante que quaisquer alterações feitas em seu ambiente de inicialização sejam refletidas em todos os servidores de implantação filhos. Essa alteração de configuração precisa ser definida em todos os servidores WDS e eu recomendo fazer isso em seu processo de compilação e configuração para o provisionamento de um servidor de implantação.

Em cada servidor de implantação, execute o seguinte comando:

WDSUTIL /set-server /BCDRefreshPolicy /Enabled:yes /RefreshPeriod:<time in minutes> 

O período de atualização de tempo depende da freqüência da atualização dos dados nos servidores de implantação. Se você estiver configurando o DFS-R para replicar a cada hora, faz sentido configurar a diretiva de atualização do armazenamento BCD como a cada 60 minutos.

Replicação do SQL Server

Até aqui, você dimensionou o BDD 2007 para replicar o compartilhamento de distribuição do BDD e a imagem de inicialização do WDS a partir do seu servidor de implantação primário para cada um dos servidores de implantação filhos. Agora será preciso concluir o processo e replicar o banco de dados Deployment Workbench do BDD 2007 para que ele seja disponibilizado localmente em todos os servidores de implantação.

O SQL Server utiliza uma metodologia de replicação descrita pela documentação do produto como parecida com a forma como as revistas são publicadas. No caso de uma revista, existe um editor que a produz, distribuidores que a distribuem para o editor e assinantes que a assinam e a recebem. O SQL Server utiliza essa mesma terminologia para seus recursos internos de replicação.

Observe que, para ser um editor de banco de dados do SQL Server, o servidor não poderá conter o SQL Server Express Edition, mas uma versão completa do SQL Server. Para o servidor de implantação primário, eu utilizo o SQL Server 2005 (embora o SQL Server 2000 também seja suportado). Para cada servidor de implantação filho, você poderá usar o SQL Server 2005 ou o SQL Server 2005 Express.

Antes de começar a configurar a replicação do SQL Server, existem algumas etapas que devem ser concluídas para garantir a sua configuração correta para o suporte à replicação. No provisionamento dos seus servidores de implantação, verifique se os Componentes de Replicação foram incluídos durante a instalação do SQL Server ou do SQL Server 2005 Express Edition. Por padrão, o SQL Server Express não instala os Componentes de Replicação.

Em seguida, permitir que o ambiente de inicialização Lite Touch se conecte ao SQL Server de forma remota requer que as conexões remotas estejam habilitadas no SQL Server. Para configurar o SQL Server para conexões remotas, execute a ferramenta Configuração da Área de Superfície do SQL Server, selecione Configuração da Área de Superfície de Serviços e Conexões e configure o servidor para aceitar conexões locais e remotas do TCP/IP e dos pipes nomeados.

Em seguida, no servidor de implantação primário, crie uma pasta compartilhada para armazenar os dados do instantâneo de replicação que será lido pelos agentes de replicação em cada servidor de implantação filho. Vou me referir a essa pasta compartilhada mais adiante. Normalmente eu coloco essa pasta no mesmo volume do resto do meu conteúdo de implantação.

As etapas finais de configuração só serão necessárias para o SQL Server Express Edition em seus servidores de implantação filhos. Por padrão, o serviço Navegador do SQL Server é desabilitado. Para permitir a replicação, esse serviço deve ser definido como automático e ser iniciado. Utilize a ferramenta SQL Server Configuration Manager para configurar esse serviço. Também será preciso criar um banco de dados nos servidores filhos para onde o conteúdo será replicado. Faça com que o nome desse banco de dados seja igual ao nome do banco de dados do seu BDD 2007 no servidor de implantação primário já que isso minimiza a configuração adicional necessária.

Configurando a replicação

Agora você está pronto para configurar a replicação do SQL Server. Para começar, no servidor de implantação mestre, que deve possuir a versão completa do SQL Server 2005, execute o SQL Server Management Studio. A primeira etapa é criar e configurar uma distribuição. Para isso, navegue até a pasta de replicação do console de gerenciamento como mostrado na Figura 6. Clique com o botão direito do mouse na pasta de replicação e selecione Configure Distribution (Configurar Distribuição) para executar o assistente de distribuição.

Figura 6 SQL Server Management Server Studio: replicação

Figura 6** SQL Server Management Server Studio: replicação **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

No assistente, confirme que o servidor de implantação primário deve agir como seu próprio distribuidor. Defina a pasta de instantâneo raiz como o caminho UNC do compartilhamento de replicação do SQL Server criado anteriormente. Por fim, configure o servidor de implantação primário como um editor.

Depois que esse assistente configurar com êxito o servidor como um editor e distribuidor, será preciso dizer ao SQL Server que banco de dados você deseja publicar. Para isso, clique com o botão direito do mouse na pasta de Replicação e clique em nas propriedades do editor. Na caixa de diálogo de propriedades, selecione Publication Databases (Bancos de Dados de Publicação) e escolha o banco de dados do seu BDD 2007 para replicação transacional, como mostra a Figura 7. Na verdade, você não está usando a replicação transacional, mas a mesma opção é selecionada caso a replicação seja de instantâneo ou transacional.

Figura 7 Publicando o seu banco de dados

Figura 7** Publicando o seu banco de dados **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Agora será preciso criar uma publicação que os seus servidores de implantação filhos poderão assinar. Na pasta de replicação, clique com o botão direito do mouse em Local Publications (Publicações Locais) e clique em New publication (Nova publicação) para executar o assistente de publicação. Selecione o banco de dados do BDD para publicá-lo. Selecione a replicação de instantâneo como o tipo de publicação e especifique todas as tabelas, procedimentos armazenados e exibições que serão replicados. Será preciso optar por ter um instantâneo inicial criado imediatamente. Para o agendamento do agente de instantâneo, será mais do que suficiente executá-lo uma vez por dia por padrão, a menos que você preveja alterações freqüentes no banco de dados.

A última etapa será fazer com que cada servidor de implantação filho assine essa publicação. Isso diz ao SQL Server para enviar uma cópia do banco de dados em intervalos específicos a cada servidor de implantação filho. Na pasta de replicação, na subpasta Local Publications, localize a publicação recém-criada, clique com o botão direito do mouse sobre ela e selecione New subscriptions para executar o assistente de assinaturas. Nele, selecione a publicação do BDD criada nas etapas anteriores. Opte por executar todos os agentes na distribuição, habilitando a topologia de replicação como uma assinatura de envio. Em seguida, adicione cada servidor de implantação filho como um assinante e determine que o banco de dados criado em cada servidor receba uma cópia dos dados replicados (lembre-se, esse banco de dados deve possuir o mesmo nome do banco de dados de implantação primário). Por fim, configure uma conta a ser usada para as conexões e defina o agendamento a ser usado na replicação. Ele deve espelhar o agendamento escolhido para o agente de instantâneo. Este foi um rápido passeio pelo que é necessário para criar uma replicação do SQL Server. Você começará a ver seus dados sendo replicados rapidamente!

Configurando o BDD 2007

Até aqui, você configurou o BDD 2007 para usar um banco de dados e configurou a replicação do banco de dados e do compartilhamento de distribuição do BDD 2007 para seus servidores de implantação filhos. Para concluir a solução de implantação, será preciso configurar o BDD 2007 para que, quando um cliente baixar seu ambiente de inicialização, se conecte automaticamente a qualquer servidor que seja seu servidor de implantação local.

Quando você faz a inicialização no ambiente Lite Touch Windows PE, se o cliente tiver sido inicializado a partir de um servidor WDS, um valor de registro será definido no Windows PE para armazenar o nome do servidor de onde o cliente acabou de baixar o ambiente de inicialização. Os scripts de implantação iniciais do BDD 2007 obtêm esse valor e o armazenam em uma variável de ambiente chamada %WDSServer%.

Observe que, se você estiver usando a versão inicial do BDD 2007, talvez perceba que esse valor não é inserido apropriadamente no registro do Windows PE. Existe uma atualização para corrigir esse comportamento em support.microsoft.com/kb/937191.

Para configurar o BDD 2007, basta editar os arquivos de configuração BootStrap.ini e CustomSettings.ini para que todas as referências feitas ao servidor de implantação sejam substituídas por %WDSServer%. Isso normalmente envolve a substituição dos valores do nome da instância do SQL Server, além do valor de DeploymentRoot, o servidor que armazena o compartilhamento de distribuição. Um Bootstrap.ini de exemplo e um trecho de um arquivo CustomSettings.ini são mostrados na Figura 8 e na Figura 9.

Figure 9 CustomSettings.ini

[Settings]
Priority=MMSettings, MMApps, CSettings, CRoles, RSettings, RApps, Default
Properties=Manufacturer

[Default]
OSInstall=Y
DeployRoot=\\%WDSServer%\Distribution$
UserDomain=BUILDLAB
UserID=BddAdmin
UserPassword=Password1234

[CSettings]
SQLServer=%WDSServer%
Database=BDD_DB1
Netlib=DBNMPNTW
Table=ComputerSettings
Parameters=UUID, AssetTag, SerialNumber, MacAddress
ParameterCondition=OR

[CRoles]
SQLServer=%WDSServer%
Database=BDD_DB1
Netlib=DBNMPNTW
Table=ComputerRoles
Parameters=UUID, AssetTag, SerialNumber, MacAddress
ParameterCondition=OR

Figure 8 Bootstrap.ini

[Settings]
Priority=Default

[Default]
DeployRoot=\\%WDSServer%\Distribution$
UserDomain=BUILDLAB
UserID=BddAdmin
UserPassword=Password1234
SkipBDDWelcome=YES

Observe que essa solução determina que o WDS esteja no mesmo servidor que armazena o banco de dados do BDD 2007 replicado e o compartilhamento de distribuição do BDD 2007 replicado. Os motivos devem ser aparentes: isso permite que você utilize a variável %WDSServer% para oferecer um método simples contra falhas para dizer à sua máquina cliente onde está o servidor de implantação local e impedir que ele se comunique na WAN.

Considerações adicionais

A grande vantagem do BDD 2007 é que ele é extensível e, portanto, existem muito mais aspectos que podem ser considerados na extensão dessa solução. Por exemplo, você poderia usar os recursos internos para o monitoramento do SQL Server e do DFS-R, criar métodos para a inserção de computadores em seu ambiente com informações obtidas de um banco de dados de gerenciamento de bens ou até mesmo usar um procedimento armazenado SQL para recuperar essas informações. Infelizmente, eu não tenho o espaço necessário para explicar isso aqui, mas espero ter lhe dado uma idéia de algumas formas de como poder aproveitar os recursos do BDD em sua própria organização.

Adam Shepherd é consultor dos Serviços de Consultoria Microsoft no Reino Unido. Seu foco técnico é implantação, manutenção e gerenciamento do cliente Windows. Você pode entrar em contato com ele pelo email adamshep@microsoft.com.

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