Administração do Windows

Mudanças em Arquivos Offline no Windows Vista

Jeremy Moskowitz

 

Visão geral:

  • Continuidade online e offline
  • Disponibilidade do arquivo
  • Como as pastas offline estão evoluindo

Um dos maiores problemas do gerenciamento da área de trabalho é permitir que os usuários offline trabalhem como se estivessem online. A necessidade é maior do que você pensa – os usuários têm muito mais mobilidade hoje do que cinco anos atrás. Ainda assim, há alguns casos em que você talvez precise trabalhar

offline; os três mais comuns são quando você desconecta o laptop da rede do escritório e sai, quando se conecta usando um vínculo lento ou intermitente e quando o escritório da filial perde conectividade com a matriz.

Nessas circunstâncias, como manter uma cópia de um arquivo no computador offline quando o original está no servidor principal? E o que é mais importante: como lidar com um conflito caso alguém no escritório faça alterações no arquivo que está no servidor enquanto outra pessoa faz o mesmo em trânsito? Felizmente, esses problemas são solucionados pelo mecanismo Arquivos Offline, integrado ao Windows® 2000, ao Windows XP e ao Windows Vista®.

A resposta é cache

O mecanismo Arquivos Offline é, na verdade, uma enorme máquina de cache. A propósito, nos bastidores (e dentro da Microsoft), ele é conhecido como cache do cliente (CSC). O mecanismo Arquivos Offline pode ser configurado e é flexível o bastante para permitir que os usuários decidam o que desejam armazenar em cache, além de ajudar o sistema a armazenar em cache aquilo que você deseja. Ele permite que você acesse os mesmos arquivos tanto offline quanto online – sem que o namespace seja alterado. Ou seja, os arquivos são acessados usando-se o mesmo caminho UNC ou a letra da unidade, independentemente de você estar trabalhando online ou offline.

É possível configurar os arquivos para serem armazenados em cache manual ou automaticamente. Caso tenha consciência de que costuma usar determinados arquivos ou pastas em trânsito, basta você designar um arquivo ou pasta como sendo aquele que o acompanhará. Para fazer isso, um usuário do Windows XP clicaria com o botão direito do mouse em um arquivo armazenado localmente ou em um compartilhamento de rede e selecionaria a opção que torna os arquivos disponíveis offline (consulte a Figura 1). No Windows Vista, a opção se chama Sempre disponível offline. Tornar um arquivo disponível offline manualmente costuma ser chamado de fixação.

Figura 1 Tornando um arquivo disponível offline

Figura 1** Tornando um arquivo disponível offline **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Figura 1a A pasta Arquivos Offline

Figura 1a** A pasta Arquivos Offline **

O compartilhamento que você está usando pode ser conectado por meio do caminho UNC ou mapeado com uma letra da unidade. Na verdade, o arquivo não precisa sequer estar armazenado em uma máquina com o Windows Server® em execução. Ele pode residir em qualquer coisa que seja compatível com o protocolo SMB (Bloco de Mensagens de Servidor) como, por exemplo, um servidor Samba ou um dispositivo NAS (com algumas raras exceções), que também aceitam o protocolo SMB.

Na primeira vez em que você opta por fixar um arquivo, o Windows XP o orienta durante uma série de telas do assistente, perguntando quando sincronizar. Caso clique em Avançar em todas as telas e use os padrões, a sincronização acontece sempre que você faz o logon ou o logoff, além de também ocorrer em segundo plano quando houver ociosidade. Quando o assistente for concluído, você notará uma alteração no ícone indicando que agora o arquivo está disponível offline.

Assim que você se desconecta da rede, todos os demais arquivos no compartilhamento se tornam indisponíveis, exceto aqueles escolhidos para serem usados offline. Às vezes, isso é um pouco problemático: o ícone mostra quais arquivos estão sempre disponíveis offline, mas não fica claro de imediato, até que você esteja desconectado, que nem todos os demais arquivos estarão disponíveis. Eu abordarei isso detalhadamente mais adiante, neste artigo.

Tornar os arquivos disponíveis offline manualmente tem seus méritos, mas às vezes é mais lógico fazer isso de maneira mais automatizada. Analisarei esse cenário em seguida, usando o que costuma ser chamado de cache automático.

Quando o cache automático supera o manual

O cache automático é configurado em um servidor, compartilhamento por compartilhamento. Dessa forma, caso tenha um compartilhamento chamado Vendas e queira que os vendedores levem consigo seus arquivos quando estiverem em trânsito, você pode instruir o mecanismo CSC a fazer isso. A Figura 2 mostra a caixa de diálogo Configurações off-line exibida quando você clica na guia Cache do Windows Server 2003. As configurações são explicadas na Figura 3.

Figure 3 Configurações do cache automático

Configuração Descrição
Somente os arquivos e os programas especificados pelos usuários estarão disponíveis offline. Permite que os usuários especifiquem manualmente os arquivos que devem estar disponíveis offline. Esse é o padrão.
Todos os arquivos e programas abertos pelos usuários no compartilhamento estarão disponíveis offline automaticamente. Permite o armazenamento automático em cache de todos os arquivos e programas acessados pelo Windows Explorer. A configuração Otimizado para desempenho é usada quando programas, e não documentos, são armazenados em cache, embora ela normalmente não tenha nenhum efeito em relação ao desempenho e possa ser tranqüilamente ignorada na maioria dos casos. Ela é totalmente ignorada pelo Windows Vista.
Arquivos ou programas do compartilhamento não estarão disponíveis offline. Bloqueia o acesso do usuário ao item Tornar disponível off-line quando usado em um cliente do Windows 2000, do Windows XP ou do Windows Vista.
   

Figura 2 Caixa de diálogo Configurações off-line no Windows Server 2003

Figura 2** Caixa de diálogo Configurações off-line no Windows Server 2003 **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Para saber como o cache automático funciona, vamos pressupor que você tenha um compartilhamento Vendas com 10 arquivos – de Vendas01.txt a Vendas10.txt – e tenha habilitado a configuração Todos os arquivos e programas que os usuários abrirem do compartilhamento estarão automaticamente disponíveis off-line. Os resultados não ficam evidentes de imediato. Para o usuário, não há nenhum sinal claro de que haverá mais arquivos disponíveis para ele offline. Além disso, apenas os arquivos abertos pelo Windows (e, dessa forma, armazenados em cache) serão disponibilizados para uso offline. Para resumir, você precisa, na verdade, abrir os arquivos online que deseja usar offline antes de se desconectar da rede. Do contrário, eles não estarão disponíveis offline quando você precisar.

Além disso, os arquivos armazenados em cache não estarão necessariamente para sempre lá. O Windows XP e o Windows Vista lidam com esse espaço temporário de maneira um pouco diferente, mas o aspecto essencial é que os arquivos podem ser desconsiderados com base nas restrições de espaço. Os arquivos são mantidos conforme o uso. Os que não forem abertos durante um período serão desconsiderados a fim de criar espaço para novos arquivos assim que estes forem abertos. Dessa forma, enquanto houver a grande probabilidade de que um arquivo recém-acessado por você ainda esteja no cache, não pressuponha que o cache automático garante a disponibilidade desses arquivos. Caso queira ter certeza da disponibilidade de um arquivo, você precisa fixá-lo. Como administrador, você também pode usar a Diretiva de Grupo para fixar os arquivos usando a configuração Arquivos off-line atribuídos administrativamente.

Vejamos um exemplo funcional real. Vamos supor que um usuário do Windows XP cujo nome é Usuário_Vendas_Leste1 tenha aberto um arquivo chamado Vendas05.txt e um que usuário do Windows Vista cujo nome é Usuário_Vendas_Leste2 tenha aberto Vendas05.txt no compartilhamento \\servidor\vendas.

Como o cache automático foi configurado no compartilhamento vendas, quando Usuário_Vendas_Leste1 (no Windows XP) e Usuário_Vendas_Leste2 (no Windows Vista) ficarem offline, os arquivos talvez ainda estejam acessíveis. O Windows armazenou uma cópia deles no cache Arquivos Offline. Mas e os outros arquivos que não foram acessados pelos usuários?

O Windows XP e o Windows Vista têm reações diferentes a arquivos esquecidos no escritório, como você pode ver nas figuras 4 e 5. O Windows XP sequer indica que havia arquivos esquecidos não armazenados em cache. Quando você fica offline, eles simplesmente desaparecem, o que poderia causar alguma confusão. Já o Windows Vista tem uma sobreposição de ícone e mostra um pequeno X esmaecido nos arquivos que não foram armazenados em cache. Trata-se de um enorme avanço na exibição de quais arquivos estão disponíveis offline. O único problema é que você só o vê após a desconexão, e não durante uma sessão online. Logo, tornar o status de um arquivo mais explícito seria um acréscimo muito bem-vindo.

Figura 4 O Windows XP só mostra os arquivos disponíveis depois de ficar offline

Figura 4** O Windows XP só mostra os arquivos disponíveis depois de ficar offline **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Figura 5 O Windows Vista mostra os arquivos indisponíveis enquanto está offline

Figura 5** O Windows Vista mostra os arquivos indisponíveis enquanto está offline **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Disponível – ou não

Alguns administradores são reticentes quanto ao aproveitamento dos Arquivos Offline exatamente por conta da possibilidade de haver confusão: quais arquivos estão definitivamente disponíveis offline e quais não estão, e como é possível afirmar isso? Na Figura 5, o ícone do círculo verde em vendas01.txt indica que o arquivo deve estar certamente disponível. (Novamente, quando fixados, os arquivos certamente estarão disponíveis offline.)

No entanto, conforme eu expliquei, Vendas05.txt, que tanto o Windows XP quanto o Windows Vista tornaram disponíveis offline por meio do cache automático, não está necessariamente disponível offline. Lembre-se de que somente os arquivos acessados por você estarão disponíveis offline. Assim, seria melhor se o sistema indicasse que os arquivos estão temporária ou possivelmente disponíveis offline. Como não há nenhuma diferenciação por ícone, determinar quais arquivos estarão disponíveis offline pode ser algo confuso. Embora seja melhor, mesmo assim a interface do usuário do Windows Vista requer um olho treinado. Uma propriedade do Explorer no Windows Vista chamada Disponibilidade Offline fornece informações sobre a disponibilidade. Essa propriedade é exibida no painel de visualização quando um item é selecionado. Caso o item esteja fixado, o valor é "Sempre disponível". Caso não esteja fixado, e sim armazenado em cache, o valor é "Disponível".

A idéia de arquivos disponíveis offline temporariamente é semelhante no Windows XP e no Windows Vista, mas as implementações são um pouco diferentes. A Figura 6 mostra como o Windows XP e o Windows Vista lidam com arquivos offline.

Figura 6 Áreas de arquivo offline do Windows XP e do Windows Vista

Figura 6** Áreas de arquivo offline do Windows XP e do Windows Vista **

Para simplificar, o Windows XP e o Windows Vista têm um local no qual mantêm Arquivos Offline, mas os arquivos Sempre Disponível Offline e Temporariamente Disponível Offline são armazenados de modos diferentes em cada sistema operacional.

No Windows XP, os arquivos sempre disponíveis offline (designados pela mudança de ícone, como mostra a Figura 1) permanecem no lugar onde estão para sempre. Se você fixasse 10 GB de arquivos manualmente, tornando-os Sempre Disponível Offline, todos esses 10 GB estariam sempre disponíveis. Não há limite para o número de arquivos a serem fixados por um usuário (desconsiderando o tamanho máximo da partição). Porém, o Windows XP tem 2 GB como máximo para arquivos armazenados em cache automaticamente. A idéia é que apenas os arquivos abertos sempre sejam armazenados aqui, enquanto os que não forem usados durante um determinado período sejam excluídos quando necessário. Por padrão, o Cache Disponível Temporário aloca 10% do espaço livre no disco rígido, como mostra a Figura 7. No Windows XP, essa configuração só está disponível para administradores.

Figura 7 Definindo o espaço em disco para arquivos offline no Windows XP

Figura 7** Definindo o espaço em disco para arquivos offline no Windows XP **

O Windows Vista também pode armazenar arquivos temporária ou permanentemente. Mas, há uma diferença. O Cache de Arquivos Temporários está dentro do cache geral. Por padrão, todo o cache (tanto dos Arquivos Temporários quanto dos arquivos Sempre Disponível Offline) está limitado a 25% do espaço livre no disco rígido. Isso foi alterado porque, no Windows XP, um usuário podia continuar armazenando os arquivos em cache manualmente (talvez muitas dezenas de gigabytes) – e acabar ficando sem espaço no disco rígido. Com o novo esquema, o administrador destina uma quantidade específica de espaço para todo o cache de forma que isso não aconteça. Ao olhar a Figura 8, observe que os 25% de espaço livre no disco são erroneamente mostrados como sendo 15,2% de todo o disco. Também veja que o segundo controle deslizante, que estabelece o espaço temporário, jamais pode ser definido em um valor superior ao do primeiro controle, que determina o espaço máximo de todos os arquivos offline. Esses controles deslizantes em Limites de Uso do Disco para Arquivos Offline são acessados por meio do clique na opção Alterar Limites, mas não se esqueça de que você precisa das credenciais de administrador para fazer isso.

Figura 8 Espaço disponível para arquivos offline no Windows Vista

Figura 8** Espaço disponível para arquivos offline no Windows Vista **

Evitando o cache em excesso

Redirecionamento de Pastas é outro recurso do Windows que lhe permite ter a certeza de que determinadas pastas importantes, normalmente locais na máquina, sejam realmente armazenadas em servidores. A idéia é que você não precisa se preocupar caso a máquina local se esgote; você tem uma cópia dos arquivos importantes em um compartilhamento de rede.

Vamos supor que você tenha uma pasta Meus Documentos redirecionada (no Windows XP) ou Documentos (no Windows Vista). Nesse caso (na verdade, quando qualquer pasta estiver redirecionada), o sistema operacional pressupõe o seu desejo de que esses arquivos estejam sempre disponíveis offline, e todos os arquivos dentro da pasta redirecionada receberão o símbolo mostrado na Figura 1. A desvantagem é que, se estiver em uma rede com boa conexão, sempre online, e quiser passar para uma máquina nova, você armazenará em cache todo o conteúdo da pasta redirecionada no novo computador – mesmo que pretenda usá-lo em uma única sessão. Trata-se não apenas de um desperdício de espaço, mas também de um risco de segurança mal conduzido.

Outra situação em que os arquivos são armazenados em cache de maneira automática e desavisada é quando você usa o Windows Explorer para procurar arquivos em um compartilhamento. Se você estiver olhando, digamos, alguns arquivos gráficos em um compartilhamento de rede usando o Explorer e o cache automático estiver ativado, é muito provável que esses arquivos sejam baixados e colocados no seu cache automaticamente. Isso acontece porque usar o Explorer para acessar um arquivo é o suficiente para que ele seja colocado no cache offline temporariamente. Normalmente, todos os arquivos no compartilhamento são acessados para que metadados como, por exemplo, o tamanho do arquivo ou a visualização de uma imagem, sejam obtidos. Quando isso acontece em um vínculo rápido, com boa conexão, não há grandes problemas. O Windows armazena de maneira rápida e silenciosa em cache o arquivo a ser usado posteriormente. Mas quando você está conectado a esse compartilhamento de rede com cache automático por meio de um vínculo lento, as coisas podem ficar bem devagar. Por padrão, a situação é basicamente a mesma tanto no Windows XP Explorer quanto no Windows Vista Explorer. A boa notícia é que o mecanismo de armazenamento em cache offline do Windows Vista pode ser treinado para que haja um melhor reconhecimento da lentidão do vínculo.

Arquivos Offline com Diretiva de Grupo

Principais mudanças em Arquivos Offline no Windows Vista

Os membros da equipe de Arquivos Offline queriam que você soubesse quais eram suas mudanças favoritas, mas não havia espaço suficiente para abordar todas elas no artigo. Então, em poucas palavras, aqui estão as principais mudanças feitas em Arquivos Offline:

  1. transições contínuas de offline para online significam que identificadores abertos não bloqueiam mais a transição
  2. granularidade offline por arquivo para que um compartilhamento offline não coloque todo o servidor offline
  3. modo offline forçado por meio de um botão Trabalhar online\offline no Windows Explorer
  4. criptografia por usuário do conteúdo armazenado em cache
  5. novo mecanismo de sincronização muito mais rápido na detecção e na análise de alterações
  6. integração com a Pesquisa do Windows para que as pastas redirecionadas possam ser indexadas
  7. sincronização entre local e remoto pode aproveitar o recurso Transferência de Bitmap Diferencial
  8. resolução de conflitos adiados por meio da Central de Sincronização
  9. os balões na área de notificação já eram; chega de incomodar o usuário
  10. novo suporte abrangente à API COM e ao WMI para gerenciamento; documentação na MSDN® em msdn2.microsoft.com/bb530662
  11. suporte a script por meio de um provedor WMI (a ser documentado na MSDN em breve)
  12. novas propriedades de item do shell, Status Offline e Disponibilidade Offline
  13. conversão em fantasma para representar elementos de namespace indisponíveis enquanto estiver offline; exibição deles como itens esmaecidos no Explorer com uma sobreposição X cinza, o que ajuda a evitar alterações drásticas no modo de exibição da pasta do shell durante a transição de online para offline.
  14. novo miniaplicativo Painel de Controle.

Se quiser saber mais, você encontrará muitas informações sobre elas no meu livro e na documentação Microsoft.

Como vimos, sempre que um usuário (ou Explorer) acessa um arquivo, este é integralmente armazenado no cache. No caso de um arquivo do Visio® ou de um documento do Word com 80 MB... que seja. Tanto o Windows XP quanto o Windows Vista sabem o que é um vínculo lento. Na verdade, por padrão, o Windows XP considera lento um vínculo de 64 Kbps. Caso a velocidade da conexão seja superior a essa e o cliente seja o Windows XP, o arquivo é transmitido por meio desse pipeline lento no momento do logon, para desespero do usuário. Então, é melhor configurar o Windows para gerenciar melhor o que fazer em relação a esse vínculo lento. Como você verá em breve, é possível conseguir isso por meio da Diretiva de Grupo criando um GPO (Objeto de Diretiva de Grupo) a ser vinculado a uma OU (unidade organizacional) que contém as contas de destino – Windows XP ou Windows Vista.

Quando o usuário se conecta por meio de um vínculo lento, o Windows XP tenta usar os arquivos armazenados em cache localmente antes de utilizar a cópia na rede. Faz sentido. Mas o Windows XP ainda faz algo que talvez seja inesperado: ele baixa arquivos grandes que o usuário ainda não tem no cache, caso o usuário os abra pela rede ou o Explorer os acesse. Ai! E, no meu teste, caso a sincronização esteja programada para acontecer durante o logoff (o padrão), os demais arquivos são baixados usando o vínculo lento e armazenados no cache (Ai! duas vezes).

O comportamento do Windows Vista é diferente. Por padrão, ele não reconhece nenhuma situação como sendo lenta. Na verdade, caso você se conecte usando uma latinha, com um 1 bit por segundo, o Windows Vista trata essa conexão como sendo rápida e usa a cópia dos arquivos na rede. Mas ele pode ser treinado para compreender quais compartilhamentos você deseja designar para transição quando a conexão estiver lenta. Quando isso acontece, as coisas melhoram um pouco. O comportamento do Windows Vista (uma vez configurado com a Diretiva de Grupo) é de que o conteúdo dos compartilhamentos definidos em vínculos lentos simplesmente não permanece disponível em um vínculo lento durante operações normais de arquivo e do Explorer.

A sincronização em segundo plano realizada pelo serviço Arquivos Offline não ocorre em uma conexão lenta. Porém, é preciso observar que a sincronização manual pode ser realizada por meio da Central de Sincronização.

A configuração do Windows Vista para modificar a forma como ele lida com vínculos lentos é feita com a Diretiva de Grupo Configurar Modo de Vínculos Lentos (não confundir com Configurar Velocidade de Vínculo Lento do Windows XP). Configurar Modo de Vínculo Lento usa os seguintes valores: os nomes dos servidores e dos compartilhamentos para os quais você deseja fazer automaticamente a transição para offline quando a conexão estiver lenta e qual é a lentidão que ela precisa apresentar para que a combinação servidor\compartilhamento fique offline. A combinação servidor\compartilhamento pode ser qualquer uma de \\servidor\compartilhamento ou até mesmo um único asterisco (*) para indicar todos os compartilhamentos em todos os servidores. O segundo conjunto de valores é uma declaração da taxa de transferência (em kbps) e da latência (em milissegundos) que precisam ser alcançadas para que a conexão seja considerada lenta. Mas aqui está o furo: a parte mais útil do par (a taxa de transferência) não é verificada durante o download dos arquivos. Portanto, caso você tenha 10 GB de arquivos em uma pasta Documentos redirecionada e esteja usando um link lento com um laptop que ainda não tem nenhum deles, se prepare para uma longa espera. No entanto, se você a emparelhar com a verificação da latência e esta ficar abaixo do valor prescrito, o compartilhamento sofrerá a transição para offline, poupando o usuário do doloroso atraso causado pela espera dos arquivos.

O hotfix do Windows Vista no artigo 934202 da Base de Dados de Conhecimento da Microsoft (uma alteração prevista para ser incluída no Windows Vista Service Pack 1) deve melhorar o desempenho em determinadas condições de lentidão em VPNs. (Este artigo está disponível online em support.microsoft.com/kb/934202.) Na verdade, esse hotfix deve permitir que o valor da taxa de transferência seja verificado quando o download for feito por meio de um link lento.

Conflitos na sincronização

Você deve estar se perguntando o que acontece se alguém altera um arquivo offline (digamos, durante o vôo) enquanto outra pessoa o altera online (conectada no escritório da matriz). Essa situação é resolvida no nível do cliente. Quando você faz a transição de offline para online, a sincronização em segundo plano dos Arquivos Offline no Windows Vista ocorre imediatamente. Em seguida, é perguntado a você o que fazer (por meio de uma entrada na Central de Sincronização, depois que um ícone aparece na área de notificação da barra de tarefas). A interface do usuário foi refeita para mostrar que um arquivo parece ser mais novo e apresentar mais informações sobre a colisão. Um usuário pode proteger os arquivos da colisão, optando por renomear o arquivo que está atualmente apenas em sua máquina ao salvá-lo novamente no servidor, como mostra a Figura 9.

Figura 9 Aviso de conflito na alteração de arquivo no Windows Vista

Figura 9** Aviso de conflito na alteração de arquivo no Windows Vista **(Clique na imagem para aumentar a exibição)

Quer aprender mais?

O recurso Arquivos Offline é ótimo tanto para você quanto para os seus usuários. Na verdade, caso esteja usando o Redirecionamento de Pastas, você já o está usando; portanto, saber mais sobre ele é de seu interesse. Eu mencionei algumas alterações feitas em Arquivos Offline no Windows Vista, mas não todas. Para saber mais sobre isso, consulte a barra lateral "Principais mudanças em Arquivos Offline no Windows Vista".

Você encontrará muito mais informações sobre Arquivos Offline em go.microsoft.com/fwlink/?LinkId=98141 referentes ao Windows XP e em go.microsoft.com/fwlink/?LinkId=98138 referentes ao Windows Vista.

Também há uma seção enorme dedicada a Arquivos Offline – inclusive os prós e os contras de todas as configurações da Diretiva de Grupo – no meu livro (leia a biografia ao final do artigo). Por fim, para obter ainda mais informações e conversar com outras pessoas sobre as suas experiências com Arquivos Offline, passe algum tempo em GPanswers.com, um fórum comunitário onde há uma seção dedicada apenas a esse tópico.

Jeremy Moskowitz, MCSE e MVP em Diretiva de grupo, administra o GPanswers.com, um fórum comunitário sobre diretivas de grupo. Ele também ministra uma série de workshops de treinamento intensivo sobre diretivas de grupo. Seu livro mais recente se chama Group Policy: Management, Troubleshooting, and Security (Diretiva de grupo: gerenciamento, solução de problemas e segurança; Sybex, 2007). Contate Jeremy e saiba mais em www.GPanswers.com.

© 2008 Microsoft Corporation e CMP Media, LLC. Todos os direitos reservados. A reprodução parcial ou completa sem autorização é proibida..